Um momento para encontrar pistas, ou melhor, caminhos para o mundo unido. Assim começou o segundo dia da segunda fase do Genfest 2024. De um lado, jovens de todo o mundo relataram como procuraram, em seus ambientes, construir relacionamentos de fraternidade. Assim foi, por exemplo, com Adelina, do Rio Grande do Sul, que teve de enfrentar a tragédia das chuvas que castigaram o seu estado em maio, e com Joseph, da Serra Leoa, que desde criança foi separado da família e recrutado à força pela milícia que, com atos de crueldade, combatia as tropas do governo desse país africano.
De outro lado, momentos artísticos chamaram a atenção para alguns dos grandes temas do mundo de hoje, como a ecologia e a cidadania, enquanto os chamados spark changers, especialistas em diferentes áreas do conhecimento, propuseram ao público algumas pequenas reflexões que podem, como diz a expressão, provocar a mudança no mundo. Entre outros, falaram o colombiano Javier Baquero, presidente do Movimento Político pela Unidade, braço do Movimento dos Focolares, e o economista italiano Luigino Bruni, que afirmou, poeticamente: “Para quem tem fé, nossa vida pode ser comparada a uma partitura escrita no céu. Mas é uma partitura de jazz, porque permite improvisações – e um concerto de jazz nunca é igual a outro”.
Superar as dores pela fraternidade
Uma viagem pelo mundo com histórias de superação pessoal ou de ação social, mas todas com a fraternidade como motivação para abraçar a humanidade e iniciar mudanças. Assim foi a programação da tarde do segundo dia no palco do Genfest 2024. Jovens de Turquia, Austrália, Zimbábue, Bolívia, Itália e Colômbia relataram como enfrentaram ou ajudaram outras pessoas a enfrentar dores que parecem tirar o sentido da vida. As apresentações, porém, não se restringiram a histórias pessoais. Também foram ao palco iniciativas sociais bem variadas, como o Rimarishun, um projeto de encontro de culturas diferentes no Equador. Do Brasil, marcaram presença o Projeto Amazônia, o Quilombo Rio dos Macacos, em Salvador e a Casa do Menor, cuja coreografia foi aplaudida de pé. Já a arquiteta filipina Choie Funk mostrou, pelo seu relato, como sua profissão também pode ser um meio de transformação social.
A sessão foi encerrada com a afirmação de que é Jesus, com sua atitude de abandono na cruz, quem pode dar um sentido à dor, e que é por esse caminho que se pode mudar o mundo e espalhar o amor.